Contra Fraga vivíamos melhor?
Terça, 7 de fevereiro de 2006
O ex-presidente Don't Manuel (D.U.P.) abandona o seu escano no Parlamentinho e vai-se-nos de senador (do latim senex, velho) para a capital do Império Pequeno. Para se despedir escreveu um hilariante artigo no El Porreo Gallego, no qual no duvida em comparar-se a si próprio com Péricles ("quise hacer del puerto exterior nuestro Pireo y de la Ciudad de la Cultura y del Xacobeo, nuestro Partenón") e a Galiza, o País Basco e Catalunha com Creta, Esparta e Cartago ("en cuanto nuestra Carta Magna les reconoce como nacionalidades históricas, [deben]. predicar con el ejemplo y aspirar a tener los estatutos más perfectos"). Como nom tudo ía ser helenismo, o Sr. Fraga Iribarne reivindica também o património imaterial galego-português ("sólo Portugal y Galicia sentían una honda angustia, que llenaba a sus corazones de saudade, cuando abandonaban su patria") e permite-se citar escritores maricas, como Eduardo Blanco Amor, ou blasfemos, como Manuel Curros Enríquez. O final do artigo tampouco tem perda e deveu provocar algum que outro arrepio na rua Génova: "Esté donde esté y vaya adonde vaya, mi espíritu se encontrará inequívocamente Sempre en Galiza".
Apesar de que na VA-CA fizemos quanto pudemos para botá-lo, devemos reconhecer que sempre tivemos um fraquinho por este ser contraditório, monstroso e sentimental que se instalou entre nós um infausto dia de 1989 com a intençom de nom marchar mais (de facto, na agência Europa Press ainda situam o PSOE e o BNG na oposiçom). Boa amostra deste apreço foi o cadelinho que lhe oferecémos com ocasiom do seu 82º aniversário. "Assim -dizíamos os ruminantes naquela altura- o velho terá alguém em quem mandar após a derrota final, nas eleições auto-anémicas de Out-ubre de 2005".
Dizíamos também naquela ocasiom que é provável que Fraga nunca mais morra. A única soluçom seria que lhe cortassem a cabeça (Vid. filme Os imortais) como fizeram ao Prisciliano, ao apóstolo Santiago, ao marechal Pardo de Cela ou ao Alfonso de Borbón. Se vivêssemos no País das Maravilhas já sabemos qual seria a sentença da Rainha de Corações: "Off with his head!. Com a cabeça cortaríamos também esse Estado que seica leva dentro... mas esse é o outro conto. Por enquanto, receba Don't Manuel os melhores cumprimentos destes seus fraternais inimigos, que nom o esquecem.
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